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Yellowjackets


Foto: Divulgação/Paramount+
Foto: Divulgação/Paramount+

Vim falar um pouquinho de Yellowjackets, pois é a série que estou acompanhando no momento e que alivia os pensamentos quando a cabeça está tumultuada. Antes de tudo, é uma história de sobrevivência, e do custo emocional que ela exige, já que as personagens passam por dificuldades impossíveis e extrapolam todos os limites.


Esse time de futebol, o Yellowjackets, sofre um acidente de avião e, como o resgate não chega, acaba exposto à fome, ao frio, a doenças mentais, dilemas morais e tudo aquilo que podemos imaginar em um cenário de sobrevivência, incluindo alguns elementos sobrenaturais que ampliam o clima de suspense da série.


As jovens do time são forçadas a se reorganizar diante da catástrofe, enfrentando diferenças, privações e o colapso ou reinvenção dos laços afetivos que as uniam, antes como um time, agora como sobreviventes co-dependentes. Em alguns momentos, cada uma tenta lidar sozinha com os horrores que a série apresenta; em outros, precisam da intervenção das demais para encontrar soluções, mesmo que precárias, para continuar existindo


No primeiro episódio, um início tribal já nos dá uma pista do que esperar no futuro, mas esse desenrolar é lento. A primeira temporada se dedica a construir as mudanças pelas quais elas passam, assim como o impacto dessas transformações em suas vidas adultas, pelo menos daquelas que sobrevivem. Não sabemos quantas conseguem essa proeza, então a qualquer momento pode surgir uma nova personagem, e isso é animador.


Enquanto assistimos ao declínio da moralidade nas versões adolescentes, também acompanhamos a ambiguidade das personagens maduras, que caminham na corda bamba entre uma vida normal e o absoluto caos, consequência direta das experiências traumáticas que moldaram suas personalidades e deixaram marcas profundas.


Para ser honesta, me lembra Lost, o que me faz torcer para que não tenha o mesmo final terrível. Atualmente estou na segunda temporada (comecei a assistir na semana passada) e um dos pontos altos da série é a forma inteligente como ela trabalha a sátira em cima das vivências das personagens na linha do tempo do presente, enquanto mostra o peso do mistério sobrenatural no passado. Isso nos permite questionar o tempo todo se essa perspectiva sobrenatural será, no fim, apenas reflexo dos traumas que elas viveram ou se, de fato, existe algo além.


Meus elogios à atuação de Melanie Lynskey e Christina Ricci, que me fazem torcer por todos os erros e absurdos que suas personagens possam cometer. O elenco mais jovem, que interpreta as versões adolescentes, também entrega um ótimo entretenimento. Em muitos momentos, temos a sensação de que estão fora de controle, mas por motivos diversos e impactadas de formas diferentes.


Quando avançar mais na série, volto para falar sobre ela. Fica aqui a minha recomendação, assista!


Com carinho,

Ingrid Gomm

 
 
 

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