A Mulher do Amanhã
- Ingrid Gomm
- 17 de jul.
- 2 min de leitura

“A Mulher do Amanhã” está chegando por aí, e resolvi falar um pouco sobre o que espero que seja (se não me decepcionar) um dos filmes mais icônicos de super-heroínas, especialmente por trazer uma versão mais conflituosa da Kara Zor-El.
Decidi escrever esse post depois de assistir a um reels da @narrativafemina, que me lembrou o quanto a Kara merece ser tratada com a profundidade que carrega nas HQs.
Adorei a brincadeira do pôster recém-divulgado, trocando o clássico “look up” (olhe para cima) por “look out” (cuidado). Essa inversão sutil já aponta para uma Kara menos inspiradora, mais perigosa. E é exatamente isso que eu espero. Ainda mais em um filme que deve ter o Lobo no elenco. Quero ver caos, conflito, provocações e força bruta.
Pra quem não sabe, eu também sou apaixonada por HQs, e uma das minhas fases favoritas da Kara é quando ela se torna uma Lanterna Vermelha. Não só porque ela fica extremamente poderosa, mas porque essa fase aborda de forma brutal e honesta toda a raiva que ela sente e não consegue lidar de maneira saudável. A jornada dela como Lanterna é intensa: ela se torna uma das mais temidas da Tropa Vermelha, mas também passa por um processo de autoconhecimento com outros Lanternas, como Atrocitus e Bleez, até conseguir canalizar sua fúria para algo maior.
Voltando a Woman of Tomorrow, o filme é baseado na minissérie escrita por Tom King (2021), e eu torço pra que tragam uma Kara fidedigna à HQ: mais impulsiva, poderosa, emocionalmente carregada, e disposta a usar força bruta. O clima dessa HQ não tem nada da esperança do Superman, é sombrio, violento, com ela se envolvendo com o pior tipo de indivíduos enquanto explora o universo. E o Lobo (uma das promessas do filme) no meio disso tudo é um dos pontos altos.
Diferente do Kal-El, a Kara foi enviada mais velha à Terra, com lembranças vívidas de Krypton e de tudo que perdeu. Isso muda completamente sua perspectiva. Soma-se a isso aos poderes, falta de propósito e o trauma, temos uma personagem complexa, lidando com dor, frustração, fúria e um poder quase absoluto.
Quero ver uma mulher cheia de camadas. Quero vê-la errando, extrapolando. Porque os excessos também fazem parte da jornada. E ela precisa aprender a se valorizar fora da sombra do Superman.
Expectativas lá no alto? Com certeza.
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